segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

1955 - Carta da Liberdade


A Carta da Liberdade é um documento fundamental da causa antiapartheid na África do Sul aprovado pela Aliança do Congresso, com a participação de Nelson Mandela.

O texto foi elaborado em meados da década de 1950, e aprovado pelo Congresso do Povo reunido em Kliptown (Soweto, em 26 de Junho de 1955.

A Carta defendia igualdade de direitos para todos os cidadãos sul-africanos, independente de sua etnia, e ainda a reforma agrária, melhoria das condições de vida e trabalho, justa distribuição de renda, obrigatoriedade do ensino público e leis efetivamente justas; foi instrumento importante na luta contra o apartheid.

Segue tradução da carta:

" NÓS, O POVO DA ÁFRICA DO SUL, PARA DECLARAR TODO O NOSSO PAÍS E DO MUNDO A SABER:
- Que a África do Sul pertence a todos os que nela vivem, negros e brancos, e que nenhum governo pode afirmar autoridade a menos que se baseia na vontade de todos os povos; - Que nosso povo tem roubado de sua terra de nascença, a liberdade ea paz, uma forma de governo fundado na injustiça e da desigualdade; - Que o nosso país nunca será próspero e livre até que todo o nosso povo viver em fraternidade, que gozam de direitos e oportunidades iguais; - Que somente um estado democrático, baseado na vontade de todos os povos, pode garantir a todos o seu direito de primogenitura, sem distinção de cor, raça, sexo ou crença; - E, portanto, nós, o povo da África do Sul, negros e brancos juntos iguais, compatriotas e irmãos adoptar esta Carta da Liberdade; - E nós nos comprometemos a lutar em conjunto, poupando nem a força nem coragem, até que as mudanças democráticas aqui estabelecidas forem ganhas.

O POVO GOVERNARÁ!
- Cada homem e cada mulher tem o direito de voto e de elegibilidade de todos os órgãos que fazem as leis; Todas as pessoas têm o direito de tomar parte na administração do país; - Os direitos do povo será a mesma, independentemente de raça, cor ou sexo; - Todos os órgãos de governo minoritário, conselhos consultivos, conselhos e entidades devem ser substituídos por órgãos democráticos de auto-governo.

TODOS OS GRUPOS NACIONAIS TÊM IGUALDADE DE DIREITOS!
- Não haverá estatuto de igualdade nos órgãos do Estado, nos tribunais e nas escolas de todos os grupos nacionais e raças; - Todos os povos têm igual direito de utilizar suas próprias línguas, e desenvolver a sua própria cultura popular e costumes; - Todos os grupos nacionais devem ser protegidos por lei contra os insultos à sua raça e orgulho nacional; - A pregação ea prática da corrida nacional, ou a discriminação de cor e desprezo deve ser um crime punível; Todas as leis do apartheid e práticas deve ser anulado.

O POVO DEVE COMPARTILHAR DA RIQUEZA DO PAÍS!
- A riqueza nacional do nosso país, a herança dos sul-africanos, devem ser restauradas para o povo; - A riqueza mineral sob o solo, os bancos e o monopólio da indústria devem ser transferidos para a propriedade do povo como um todo; - Toda a indústria e comércio deverão ser controlados para ajudar o bem-estar do povo; - Todas as pessoas devem ter direitos iguais ao comércio onde escolher, para a fabricação e entrar todos os ofícios, ofícios e profissões.

A TERRA DEVE SER COMPARTILHADA COM AQUELES QUE TRABALHAM NELA!
- Restrições da propriedade da terra em uma base racial devem ser eliminadas e toda a terra deve ser dividida entre aqueles que trabalham para banir a fome e a fome de terra; - O Estado deve ajudar os camponeses com implementos, sementes, tratores e represas para salvar o solo e ajudar os perfilhos; - Liberdade de circulação deve ser garantida a todos os que trabalham na terra; - Todos têm o direito de ocupar a terra onde venham a escolher; - As pessoas não devem ser privadas de seu gado e os trabalhos forçados e prisões agrícolas devem ser abolidas.

TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI!
- Ninguém pode ser preso, deportado ou restrito, sem um julgamento justo; - Ninguém pode ser condenado por ordem de um funcionário do Governo; - Os tribunais devem ser representativos de todo o povo; - Prisão deve ser apenas para crimes graves contra as pessoas e deve visar à reeducação, não vingança; - A polícia e o exército deverão ser abertos à todos em igualdade de condições e devem ser os ajudantes e protetores do povo; - Todas as leis que discriminam por motivos de raça, cor ou crença devem ser revogadas.

TODOS GOZAM DE IGUALDADE DE DIREITOS HUMANOS!
- A lei garante a todos o seu direito de falar, de organizar, se reunir, a publicar, para pregar, para adorar e para educar os seus filhos; - A privacidade da casa das batidas policiais são protegidos por lei; - Todos devem ter a liberdade de viajar, sem restrição do campo para a cidade e de província para província, e da África do Sul no exterior; - As leis de passe, licenças e todas as outras leis restringindo as liberdades devem ser abolidos.

HAVERÁ TRABALHO E SEGURANÇA!
- Todos os que trabalham devem ter a liberdade de formar sindicatos, para eleger os seus oficiais e de fazer acordos salariais com os empregadores; - O Estado reconhece o direito e o dever de todos para o trabalho e deve elaborar prestações de desemprego total; - Homens e mulheres de todas as raças devem receber salário igual para trabalho igual; - Haverá quarenta horas semanais de trabalho, um salário mínimo, férias anuais remuneradas, licença por doença e para todos os trabalhadores, e licença de maternidade na remuneração total para todas as mães que trabalham; - Os mineiros, trabalhadores domésticos, trabalhadores rurais e funcionários públicos devem ter os mesmos direitos que todos os outros que trabalham; - O trabalho infantil, trabalho composto, o sistema de tot e contrato de trabalho devem ser abolidos.

AS PORTAS PARA A CULTURA E O APRENDIZADO DEVEM SER ABERTAS!
- O governo deve descobrir, desenvolver e incentivar o talento nacional para o reforço da nossa vida cultural; - Todos os tesouros culturais da humanidade serão aberto a todos, por livre troca de livros, idéias e contato com outras terras; - O objetivo da educação é ensinar os jovens a amar seu povo e sua cultura, de honrar a fraternidade humana,da liberdade e da paz; - A educação deve ser gratuita, obrigatória, universal e igual para todas as crianças, ensino superior e formação técnica, serão abertos a todos por meio de subsídios estatais e bolsas concedidas com base no mérito; - O Analfabetismo adulto deve ser eliminado por um plano de ensino de massa pelo Estado; - Os professores devem ter todos os direitos dos outros cidadãos; - A distinção de cores na vida cultural, no desporto e na educação deve ser abolida.

HAVERÁ CASAS, SEGURANÇA E CONFORTO!
- Todas as pessoas devem ter o direito de viver onde escolher, dispor de moradia digna, e para trazer sua família com conforto e segurança; - Espaço de habitação não utilizada deve ser colocado à disposição do povo; Taxas e preços devem ser reduzidos, a comida abundante e ninguém deverá passar fome; - Um sistema de saúde preventiva deve ser executado pelo Estado; - Assistência médica gratuita e de hospitalização deve ser fornecida para todos, com atenção especial para as mães e crianças jovens; - Favelas devem ser demolidas, e os subúrbios reconstruídos no local onde todos têm transporte, estradas, iluminação, campos de jogos, creches e centros sociais; - Os idosos, os órfãos, os deficientes e os doentes devem ser tratados pelo Estado; - Descanso, lazer e recreação são direitos de todos; - Guetos e locais cercados serão eliminadas, e as leis que quebram as famílias devem ser revogadas.
HAVERÁ PAZ E AMIZADE!
- A África do Sul será um Estado totalmente independente, que respeita os direitos e a soberania de todas as nações; - A África do Sul deve se esforçar para manter a paz no mundo e à resolução de todos os conflitos internacionais pela via da negociação - a guerra não; - Paz e amizade entre todos os nossos povos serão garantidos por defender a igualdade de direitos, oportunidades e qualidade de todos; - O povo dos protetorados Basutoland, Bechuanaland Suazilândia estarão livres para decidir por si seu próprio futuro; - O direito de todos os povos da África para a independência e auto-governo deve ser reconhecido e será a base de uma cooperação estreita.

Deixe todas as pessoas que amam o seu povo e o seu país agora dizer, como dizemos aqui: POR ESTAS LIBERDADES NÓS LUTAREMOS, LADO A LADO, AO LONGO DE NOSSAS VIDAS, ATÉ QUE NÓS GANHAMOS NOSSA LIBERDADE ! "


Fonte do texto (em inglês): http://www.anc.org.za/show.php?id=7 (este link substitui o antigohttp://www.anc.org.za/ancdocs/history/charter.html , reorganizado pelo site da ANC - African National Congress)

domingo, 8 de dezembro de 2013

2010 - Livro - Conversas que Tive Comigo

 

Nelson Mandela é um dos líderes políticos mais conhecidos e respeitados do mundo. A pessoa que leva esse nome é considerada um herói de seu tempo, uma das grandes figuras da História do século XX. Os quase trinta anos de prisão que passou junto com outros líderes de sua geração deram origem ao mito da criação da “nova África do Sul”. Sua vida foi apresentada em inúmeras publicações, de biografias a artigos em revistas, de filmes comerciais a documentários para TV, de livros em edições de luxo a suplementos de jornais, de canções de liberdade a poemas de louvor, de websites institucionais a blogs pessoais. Mas, quem ele realmente é? O que ele realmente pensa? 


Conversas que tive comigo é a radiografia de um ícone que, aqui, se mostra uma pessoa comum, com suas inseguranças, temores, dúvidas e insatisfações. A obra oferece aos leitores acesso ao Nelson Mandela por trás da figura pública, a partir de seu arquivo pessoal, composto desde rascunhos de cartas e discursos a anotações pessoais, rabiscos feitos durante reuniões, notas em diário, relatos de sonhos e até registros de peso e pressão sanguínea e listas de afazeres. 

O projeto do livro teve origem em 2004, na inauguração do Centro Nelson Mandela de Memória e Diálogo. Conversas que tive comigo só foi possível, entre outras coisas, por conta do empenho da equipe de pesquisadores da fundação, que fez um impressionante trabalho de recuperação dos documentos – muitos perdidos ao longo dos anos ou retidos por carcereiros. Mas, esse livro de memórias aconteceu, principalmente, por causa do próprio radiografado, um obsessivo arquivista e produtor de registros. Senão, como explicar suas anotações diárias feitas nas viagens pela África em 1962, ou os cadernos de rascunho da maioria de suas cartas nos anos de prisão, ou a agenda repleta de observações e compromissos metodicamente assinalados? 


Conversas que tive comigo está dividido em quatro partes: a primeira, reúne as cartas da prisão, datadas de 1969 a 1971; a segunda reproduz conversas gravadas em encontros informais e íntimos. São 50 horas de conversas com Richard Stengel, quando os dois trabalhavam no livro Longo caminho para a liberdade, e cerca de 20 horas com Ahmed Kathrada, que foi sentenciado junto com Mandela e outros seis condenados à prisão perpétua em 12 de junho de 1964; a terceira parte do livro traz os cadernos mantidos por Mandela. Estão lá os registros de sua viagem pela África e Inglaterra, as notas sobre o aprendizado de táticas revolucionárias e de guerrilha, a busca de apoio de líderes de países que tinham conquistado a independência recentemente e outras anotações anteriores à sua ida para a prisão. Outros cadernos, posteriores à sua libertação, contêm reflexões pessoais, relatórios de reuniões e rascunhos de cartas, entre outras anotações; a quarta parte, por fim, é composta por uma sequência inacabada de Longo caminho para a liberdade. A ideia de uma possível continuação do livro acabou caindo por terra por conta de suas obrigações como presidente da África do Sul e vários outros compromissos. 

Em meio a todo esse material estão desde anotações em agendas que sinalizavam a rotina na prisão até cartas como a endereçada à Universidade da África do Sul, de 1987, em que Mandela pedia a isenção de uma disciplina (enquanto estava na prisão, ele continuou seus estudos e obteve o diploma em Direito em 1989) e emocionantes relatos como a carta que escreveu a suas filhas Zeni e Zindzi, sobre a prisão da mãe delas – e então sua segunda mulher, Winnie – em 1969, e o quanto elas teriam que amadurecer e ser fortes na ausência dos pais: “Mais uma vez sua querida mamãe foi presa e agora ela e papai estão na cadeia. Meu coração sangra quando penso nela sentada numa cela policial longe de casa, talvez sozinha e sem ter alguém com quem conversar e sem nada para ler” , relata. Sobre carta dirigida desta vez a Winnie, Mandela escreve depois de saber da morte do filho dele, Thembi, em um trágico acidente: “minha mente e meus sentimentos estavam agitados pela percepção das tensões que minha ausência de casa havia imposto a meus filhos.” 
 
Num relato direto e absolutamente pessoal, Mandela brinda o leitor com impressões, pensamentos e sentimentos que revelam o todo de um homem comum e, ao mesmo tempo, fascinante. 


Fonte Rocco: Link

2006 - Livro - Mandela: A Critical Life

 
"Mandela: A Critical Life", do analista político Tom Lodge, pode provocar alguma surpresa com o retrato humano que traça e as ocasionais críticas brandas feitas a um homem visto por muitos no mundo como um santo secular.

Entretanto, como a humildade é uma de suas qualidades mais cativantes, parece pouco provável que Mandela, que em 18 de julho completa 88 anos, faça alguma objeção ao livro.

"Na corte e na escola, Mandela aprendeu princípios de etiqueta e de cavalheirismo que continuaram a ser preceitos importantes para ele ao longo de sua vida pública", escreve Lodge, que é professor de estudos de paz e conflito na Universidade de Limerick, na Irlanda, e comentarista de assuntos sul-africanos há anos.

"A ausência de contatos intimidadores ou humilhantes com brancos em sua infância é importante e, até certo ponto, diferencia sua infância da de muitos outros sul-africanos."

A atenção que o autor dedica à infância de Mandela e a importância dela para o desenvolvimento posterior do político diferencia o livro de outras obras sobre Mandela, que tendem a focalizar seu ativismo na vida adulta e os anos que ele passou na prisão.

Nascido num clã de conselheiros reais de um chefe de importância maior, Mandela cresceu num mundo de tradições sociais rígidas, o que ajuda a explicar seu respeito pela autoridade e as boas maneiras.


DISCIPLINA

O internato metodista em que estudou pode lhe haver conferido a disciplina que o distinguiu pelo resto da vida.

Lodge descreve que, na instituição metodista de Healdtown, onde Mandela estudou, "as relações entre os docentes brancos e negros eram pelo menos formalmente respeitosas".

Esse espírito seria encontrado também na Universidade de Witwatersrand, onde Mandela estudou direito e, na década de 1940, entrou em contato com radicais brancos.

Ele se interessou pelo nacionalismo africano e, num primeiro momento, desconfiou dos comunistas, aos quais acabou aderindo como parte da luta multirracial unida contra o apartheid.

Sua crença no multirracialismo, na década de 1950 -- a época em que o Partido Nacional, que chegara ao poder em 1948, estava endurecendo as leis do apartheid -- se tornaria um tema dominante em sua carreira política com o Congresso Nacional Africano (CNA).

Lodge relata e procura explicar a ascensão de Mandela à condição de superastro no palco mundial.

É uma condição que ele goza até hoje, quando, aposentado mas muito ocupado, seu ativismo se estendeu para abranger a luta pela conscientização da Aids. Seu legado chegou a ser celebrado numa série de quadrinhos.

Mesmo durante os anos iniciais de seu ativismo em Johanesburgo, as mulheres se sentiam atraídas por Mandela devido a seu calor humano e sua aparência física, que chamava a atenção.

"Com 1,93 metro de altura, Mandela, no contexto dos anos 1940, era literalmente um gigante. O charme era outra de suas qualidades cruciais," escreve Lodge.

Sua fama mundial seria intensificada pelos 27 anos de cárcere que começaram em agosto de 1962 -- décadas que coincidiram com o auge do movimento pelos direitos civis nos EUA, a descolonização da África e outras ondas de protesto social.

Também foram as décadas marcadas pela ascensão da televisão e do estrelato de celebridades. Através de tudo isso, Mandela permaneceu jovem na percepção pública, devido a seu ativismo anterior à prisão e a suas fotos dessa época.


SEMELHANTE A CHE

Embora Lodge não faça essa comparação no livro, a imagem de Mandela era, sob alguns aspectos, semelhante à do legendário revolucionário cubano Che Guevara.

"O encarceramento manteve Mandela jovem e militante. As imagens também foram muito importantes no processo de mitologização de Che. Ambos foram ícones da geração dos anos 1960 e, mais tarde, de jovens de todos os tipos", disse Lodge à Reuters, respondendo a perguntas por e-mail.

A estatura de Mandela cresceu ainda mais quando ele perdoou seus antigos opressores e carcereiros, conduzindo seu país à democracia e tornando-se seu primeiro presidente negro.

Fonte Uol : Link

1989 - Livro - "Nelson Mandela: A Luta é a Minha Vida"

 
Nelson Mandela: A Luta é a Minha Vida", Nelson Mandela (1989)


Este livro vem esclarecer a sociedade brasileira sobre o movimento de resistência da população africana ao aqpartheid e sua luta pela dignidade; A vida de Nelson Mandela é a própria encarnação da luta. 

2008 - Livro - Conquistando o Inimigo: Nelson Mandela e o Jogo que Uniu a África do Sul


Conquistando o Inimigo: Nelson Mandela e o Jogo que Uniu a África do Sul (2008), de John Carlin, que inspirou o filme "Invictus", de Clint Eastwood.

Se você é como a maioria das pessoas, sabe que Nelson Mandela passou 27 anos preso e foi o líder da luta conta o apartheid na África do Sul. Sabe também que ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz e chegou à presidência nas primeiras eleições livres de seu país. Mas não deve saber nada sobre a Copa do Mundo de Rúgbi de 1995.

Em Conquistando o inimigo, o jornalista John Carlin narra aquela que talvez seja a passagem política mais bem-sucedida de nossa geração. Parafraseando Garibaldi após a unificação da Itália, as eleições de 1994 tinham criado uma nova África do Sul, mas restava o desafio de criar os sul-africanos. Em busca de uma causa capaz de unir brancos e negros, Mandela concordou em sediar a Copa do Mundo de Rúgbi.
A escolha desse esporte parecia absurda. Por décadas, o rúgbi fora um símbolo do apartheid. Dessa forma, mais improvável que ganhar a Copa era o Springboks - o time nacional - conquistar o coração dos negros.

Mandela precisava que o povo acreditasse no slogan "um time, um país". Ele teve de fazer os negros verem os jogadores como "nossos rapazes" e assegurar aos brancos que eles tinham um lugar de direito na nova nação. Para isso, mostrou-se um líder carismático e flexível, capaz de conter seus aliados e seduzir seus adversários.

2007 - Livro - "Mandela, Retrato Autorizado"

 


Mandela: Retrato Autorizado - é a mais recente biografia realmente autorizada de Nelson Mandela, Com prefácio de Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, e introdução do Arcebispo Anglicano Emérito da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, o livro conta com 60 entrevistados em todo o mundo. São, portanto, 60 pontos de vista diferentes sobre Mandela, além de destacar as mais variadas facetas de um dos grandes homens do século 20, que promoveu a reconexão entre a justiça e a política. Mac Maharaj e Ahmed Kathrada localizaram todas essas fontes e realizaram uma pesquisa de conteúdo e fotográfica intensa que resultou em uma coletânea de imagens raras e algumas inéditas.

Amigos, familiares e pessoas que tiveram alguma ligação com Mandela no âmbito político e religioso, como Bono, vocalista da banda U2, o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton e Tony Blair, primeiro-ministro inglês, deram seus depoimentos. Porém, segundo Mac Maharaj, "o que tornou este livro tão especial foi que ele não mencionou apenas os grandes nomes, permitindo que Mandela seja visto de diferentes perspectivas e experiências, sentidas particularmente".

Mandela: Retrato Autorizado se tornou um complemento da autobiografia de Nelson Mandela, "Longo Caminho para a Liberdade" (Companhia das Letras), feita com escritos produzidos durante o tempo em que ficou preso. Mac Maharaj, que passou 12 anos preso em Robben Island, lendária ilha-prisão de segurança máxima ao largo da Cidade do Cabo, com Mandela, comenta que "o livro reuniu um conteúdo tão concreto que materializou a constatação de que os fatos passados durante a transição da África democrata são exatos".

2005 - Livro - Mandela - uma Lição de Vida

Os Caminhos de Mandela: Lições de Vida, Amor e Coragem 



Por mais de dois anos, em pleno período de reconstrução democrática da África do Sul, nos início dos anos 1990, o editor da revista Time Richard Stengel presenciou o dia-a-dia de Nelson Mandela. Na época, o líder político conduzia o país a suas primeiras eleições livres, aos mesmo tempo em que era auxiliado por Stengel na tarefa de escrever a autobiografia Longo Caminho Para a Liberdade (1993). As incontáveis horas de convívio resultaram num relacionamento de íntima amizade. E na descoberta, por Stengel, das múltiplas facetas do homem complexo que vive sob a capa de herói do nosso tempo.

A essência dessa descoberta está em Os Caminhos de Mandela: Lições de Vida, Amor e Coragem, lançamento da Editora Globo prefaciado pelo próprio Mandela. O livro vai além de radiografar a figura mítica que libertou seu povo do preconceito racial e conclamou opressores e oprimidos a reinventarem uma nação. Stengel foca seu olhar sobre situações da vida em que, testado pelas circunstâncias, Mandela distribuiu suas mais perenes lições de liderança e sabedoria. Por meio da vida do estadista, o leitor aprende, por exemplo, por que a coragem é mais do que a ausência de medo, por que devemos manter nossos adversários por perto, por que "ambos" é quase sempre melhor do que "isto ou aquilo", por que precisamos encontrar no mundo algo que nos proporcione realização e significado - nem que isso se resuma a cuidar de uma simples horta.
Cada uma dessas lições relaciona-se a episódios da trajetória de Mandela: do garoto protegido de um rei tribal aos primeiros anos de luta contra o regime segregacionista do apartheid, dos 27 anos como preso político aos anos de plena maturidade do agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 1993. Combinando concisão e profundidade, o livro condensa o pensamento vivo de uma personalidade extraordinária, forjada ao longo de mais de 90 anos no exercício de diferentes papéis - guerrilheiro, mártir, marido, presidente, guia moral. As ideias e o exemplo de Mandela, mais do que proporcionar boa leitura, nos convidam à reflexão tanto sobre as coisas para as quais não damos o devido valor quanto para o legado que pretendemos deixar para as futuras gerações.

1993 - Livro - Longa Caminhada Até a Liberdade

 



"Um Longo Caminho Para a Liberdade" (1993), de Nelson Mandela, que inspirou o filme homônimo que deve estrear no Brasil em 2014

2010 - Doença

 Nelson Mandela em 2010



O ex-presidente faz poucas aparições públicas após seu 90° aniversário, mas participa da cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. No final de janeiro de 2011, é hospitalizado para "testes especializados", e a Presidência sul-africana adverte que ele já tinha passado por "infecções respiratórias prévias". Ele volta a ser internado em fevereiro de 2012 para tratar uma "duradoura dor abdominal".

2008 - Festa de aniversário


Comemorações dos 90 anos de Mandela

Músicos, estrelas de cinema e políticos participam de um show em homenagem ao 90º aniversário de Mandela, no Hyde Park, em Londres, em 2008. Em discurso à multidão, ele diz: "É tempo de novas mãos erguerem os fardos; está nas mãos de vocês agora".

2004 - "Não me ligue"

Mandela em 2004

Thabo Mbeki assume como presidente do CNA e vence a eleição presidencial de 1999. Em seu 80º aniversário, Mandela se casa com Graça Machel, viúva do ex-presidente de Moçambique. Mandela é diagnosticado com câncer de próstata e faz radioterapia. Em 2004, anuncia sua aposentadoria da vida pública, dizendo que quer viver uma vida tranquila com sua família. Bricando com repórteres, diz: "O que peço a partir de agora é não me liguem, eu ligo para vocês".

02/1995 - Retorno a Robben

 Mandela em visita a Robben Island



Para marcar o quinto aniversário de sua libertação, Mandela visita Robben Island, onde ficou detido por 18 anos. Ele faz a visita em fevereiro de 1995 junto com outros ex-prisioneiros da penitenciária, onde muitos foram obrigados a executar trabalhos pesados. Diz-se que os pulmões de Mandela sofreram danos quando ele trabalhou na pedreira da penitenciária.

BBC - 10/05/1994 - Novo presidente

A posse de Mandela na Presidência



Em 1994, pela primeira vez na história sul-africana, todas as raças votam em eleições democráticas. Mandela é eleito presidente com grande margem. Em discurso a uma multidão em sua posse, em 10 de maio de 1994, ele diz: "Que a liberdade reine, Deus abençoe a África". O principal desafio de Mandela é o déficit de habitação para os mais pobres e o crescimento das favelas. Thabo Mbeki assume as tarefas diárias do governo, deixando a Mandela a tarefa de promover o país no exterior.

1993 - Prêmio Nobel


Mandela e o presidente sul-africano FW De Klerk

Em 1993, Mandela e o presidente sul-africano FW De Klerk são premiados em conjunto com o Nobel da Paz, pelos esforços em estabilizar a África do Sul. Ao aceitar o prêmio, Mandela diz: "Faremos o possível para contribuir com a renovação do nosso mundo"

1990 - Enfim, a liberdade

Mandela e Winnie erguem os punhos após sua libertação da prisão Victor Verster, em Paarl, em 11 de fevereiro de 1990



A comunidade internacional reforça as sanções ao regime sul-africano do apartheid em 1967. A pressão traz resultados e, em 1990, o presidente FW De Klerk levanta o veto ao CNA. Em 11 de fevereiro de 1990, Mandela é solto após 27 anos na prisão. Multidões comemoram sua saída, ao lado de Winnie. Na primeira conferência nacional do CNA, no ano seguinte, Mandela é eleito presidente do partido. Começa o diálogo para formar uma democracia multirracial na África do Sul.

1964 - Prisão perpétua

Mandela em 1964

Após a polícia matar 69 pessoas em um protesto de negros em Sharpeville, em 20 de março de 1960, é declarado estado de emergência no país, em meio a temores de retaliação. O CNA é banido. O partido muda de tática e forma um braço militar clandestino liderado por Mandela. Em 1962, Mandela é preso e julgado por tentar sair do país ilegalmente. Outras prisões de membros do CNA se seguem. Em 1963, ainda preso, Mandela é acusado de sabotagem. Ele e outros sete são condenados à prisão perpétua em 1964 e presos em Robben Island.

1956 - Julgamento por traição

Nelson e Winnie Mandela, em 1958

Mandela conclui sua formação em direito e, em 1952, abre o primeiro escritório de advocacia de negros do país, ao lado de Oliver Tambo, oferecendo auxílio jurídico a pessoas que até então não o tinham. Temendo restrições por parte do regime do apartheid, o CNA encarrega Mandela de preparar o partido para trabalhar na clandestinidade. Ele é preso em 1956, acusado de alta traição ao lado de outros 155 prisioneiros. Após 4 anos na Justiça, as acusações são arquivadas. Em 1958, Mandela se casa com Winnie Madikizela.

1918-1952 - Primeiros anos

Primeiros anos

 Nelson Mandela em foto de 1952, no escritório de advocacia

1918-1952

Rolihlahla Mandela, filho de um chefe tribal Thembu, nasce na aldeia de Mvezo, na África do Sul, em 18 de julho de 1918. Foi o 1º membro da família a frequentar a escola e foi ali que recebeu o nome de Nelson, já que na época era costumeiro dar nomes em inglês para as crianças na escola. Em 1941, ele foge para Johanesburgo para escapar de um casamento arranjado e conhece Walter Sisulu, que o ajuda a conseguir um emprego no escritório de advocacia Witkin Sidelsky e Eidelman. Inicia-se na política ao entrar para o partido Congresso Nacional Africano (CNA).

BBC - 20/12/2002 - Bono e Joe Strummer fazem música para Mandela

Música '48864' foi assinada por Bono e Joe Strummer 
Música '48864' foi assinada por Bono e Joe Strummer
 
Uma música sobre Nelson Mandela, assinada por Bono, vocalista do U2, Joe Strummer, ex-cantor do Clash, e por Dave Stewart, ex-guitarrista dos Eurythmics, será interpretada pelos três em um show na África do Sul.
A apresentação será realizada no dia 2 de fevereiro de 2003 em Ilha de Robben, onde ficava a prisão na qual Mandela permanceu 18 dos 27 anos em que esteve encarcerado.
A canção é intitulada 48864, o número usado por Mandela quando era um prisioneiro em Robben Island. Segundo os organizadores do show, Mandela, de 84 anos, deve subir ao palco durante a música.

O show – cuja renda será destinada a vítimas da Aids e do vírus HIV – será realizado no interior da prisão, que, atualmente, é um museu tombado como patrimônio da humanidade.


HIV e Aids
Por sua oposição ao regime do apartheid na África do Sul, Nelson Mandela permanceu mais de duas décadas preso. Ele foi solto em 1990. Em 1994, ele foi eleito presidente da África do Sul – o primeiro negro na história do país a exercer o cargo.

Cerca de um em cada nove sul-africanos tem Aids ou está infectado pelo vírus HIV, o que representa 4,8 milhões de uma população 43 milhões.

"Será um grande número de encerramento. Cantar essa música e ter Nelson Mandela no palco, falando ao mundo sobre o vírus HIV e sobre Aids", disse Dave Stewart, um dos organizadores do show.


Mandela falará sobre Aids e o vírus HIV

Segundo o ex-guitarrista dos Eurythmics, a música fará parte do disco registrando o concerto.

A apresentação trará ainda a participação de artistas como Shaggy, Macy Gray, Queen, Nelly Furtado, Jimmy Coldplay, Angelique Kidjó, Femi Kuti, Yusuf Islam, Ludacris, Lamya e Deborah Cox.

O show será transmitido por diversas emissoras de TV de todo o mundo.

A renda da apresentação vai ser destinada à Fundação Nelson Mandela, ao programa de combate à Aids da ONU – a Unaids –, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e ao Museu da Ilha de Robben.

 
Joe Stummer, ex-Clash é co-autor de música


Simultaneamente ao show de Robben Island, haverá uma apresentação no estádio de Greenpoing, na Cidade do Cabo, que tem capacidade para 35 mil pessoas.

Mandela, que admite sentir-se constrangido em dizer a palavra "preservativo" em público, tem sido um importante ativista de campanhas de esclarecimento sobre HIV e Aids, desde que abandonou a presidência sul-africana, em 1999.

Segundo pesquisadores, até 7 milhões de pessoas na África do Sul podem estar infectadas com doenças ligadas à Aids até 2010.

Apartheid

Os organizadores da apresentação foram criticados por terem escolhido a Ilha de Robben como uma das sedes do evento.

Segundo os críticos, a escolha foi uma falta de respeito com as vítimas do apartheid que foram presas na Ilha de Robben Island.

"Não acredito que o concerto seja desrespeitoso com as vítimas do apartheid", disse Ned O'Hanlon, o produtor-executivo do evento.

"Muito pelo contrário, é uma forma de lembrar o que o apartheid representou para aqueles que sofreram com esse sistema. Vamos restabelecer essa conexão", disse o produtor-executivo.



Fonte BBC: Link

Folha - 01/11/2002 - Nelson Mandela visita túmulo da princesa Diana


O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela visitou hoje o túmulo da princesa Diana em Althorp (centro da Inglaterra). 

Mandela almoçou com o irmão da princesa, conde Spencer, que herdou a propriedade familiar onde está o túmulo, e depois se reuniu com crianças deficientes que recebem ajuda do Fundo Diana.

Mais tarde depositou uma coroa de flores no túmulo da princesa.

A princesa Diana, conhecida por seu compromisso humanitário e sobretudo por ter militado contra as minas antipessoas, morreu no dia 31 de agosto de 1997 em um acidente de tráfego em Paris.

Processo
Hoje, o ex-mordomo da princesa Diana, Paul Burrell, 44, foi absolvido da acusação de ter furtado centenas de objetos de Lady Di, depois de a rainha Elizabeth 2ª revelar informações que derrubaram o caso, disseram fontes da Justiça.

O promotor William Boyce declarou hoje que Burrell havia informado à rainha, durante uma conversa privada após a morte de Diana, que havia guardado objetos da princesa para colocá-los em um local seguro.

A rainha só citou essa conversa após o início do processo, e seus colaboradores deram a informação à polícia apenas hoje, segundo a mesma fonte.


Fonte Folha Online: Link

29/11/2003 - DVD Tributo a Nelson Mandela (Duplo)

DVD Tributo a Nelson Mandela (Duplo)


29 de novembro de 2003. Dia em que a indústria fonográfica reuniu forças para um concerto em Cape Town, com um público de aproximandamente 40.000 pessoas para assistir a um show com 3 horas de duração. 

Os cantores? os mais respeitados pelo concorrido mercado. The Corrs, Peter Gabriel, Beyoncé, Bono Vox e outros participaram da campanha mundial para ajudar a combater a AIDS na África e alertar pessoas de todo o mundo! 


O título do DVD não poderia ser outro. 46664 foi o número dado a NELSON MANDELA durante os 18 anos que ficou preso no Presídio Robben Island em Cape Town (Cidade do Cabo - Africa do Sul). Em novembro de 2002, o número 46664 passou a ser uma música da autoria de Bono Vox e Joe Strummer. No ano seguinte Mandela lançou a campanha mundial de combate a AIDS sob o som de 46664. O resultado do trabalho você confere neste DVD. 


Lista de músicas:
Beyonce - Crazy in Love (46664 version)
Bob Geldof - Speech
Bob Geldof - Redemption Song
Queen, David A Stewart - Say It's Not True
Paul Oakenfold/Shifty Shellshock and TC - Starry Eyed Surprise
Paul Oakenfold/Shifty Shellshock and TC With Amampondo Drummers - Ready Steady Go
Baaba Maal - Baayo
Baaba Maal - Njilou
Youssou n'Dour -Africa Dream Again
Yusuf Islam, Peter Gabriel - Wild World
Peter Gabriel, Youssou n'Dour, Angelique Kidjo - In Your Eyes
Peter Gabriel, Youssou n Dour - Biko
Bono, The Edge, Beyonce, David A Stewart - American Prayer
Bono, The Edge, David A Stewart, Youssou n Dour, Abdel Wright - 46664 (Long Walk to Freedom)
Nelson Mandela - Speech
Queen - Invincible Hope/46664-The Call/The Show Must Go On
Angelique Kidjo - Afrika
Yvonne Chaka Chaka - Umquombothi
Bongo Maffin - The Way
Johnny Clegg and guests - Asimbonanga
Johnny Clegg, Jimmy Cliff - People
Jimmy Cliff - Many Rivers To Cross
Jimmy Cliff - I Can See Clearly Now
The Corrs - Breathless
The Corrs, Roger Taylor - Toss The Feathers
Ladysmith Black Mambazo, The Corrs - Leliungelo Elakho
Ladysmith Black Mambazo - Homeless
Andrea Corr, Brian May - Is This The World We Created?
Eurythmics - Here Comes The Rain Again
Eurythmics, Youssou n'Dour - 7 Seconds
Eurythmics - Sweet Dreams (Are Made of This)
Abdel Wright - Loose Me Now
Ms Dynamite - Don't Throw Your Life Away
Danny K - Hurts So Bad
Bob Geldof - The Great Song Of Indifference
Bob Geldof - (What So Funny 'bout) Peace, Love and Understanding
Watershed - Indigo Girl
Bono, The Edge - One / Unchained Melody
Anastacia, Bono, The Edge, David A Stewart, Queen - Amandla
Queen, Zucchero, Thandiswa Mazwai - Medley (Bohemian Rhapsody / I Want It All / I Want To Break Free / Radio Ga Ga)
Queen, Anastacia, Amampondo Drummers - We Will Rock You
Queen, Anastacia and Cast - We Are The Champions
Soweto Gospel Choir, Cast - 46664 Chant






BBC - 2003 - Em imagens: A arte de Nelson Mandela

 
A exposição de desenhos de Nelson Mandela intitulada Reflexões de Robben Island coincide com um grande show na África do Sul para arrecadar dinheiro ao combate contra a Aids. Trata-se da segunda coleção de desenhos lançada por Mandela.
Os desenhos foram inspirados na prisão de segurança máxima de Robben Island, onde Mandela permaneceu por 17 anos, até 1990.

A exposição, que também inclui litografias e fotos, começa nesta quarta-feira, na Galeria Belgravia, em Londres. O dinheiro arrecadado com as obras vai para a Fundação Nelson Mandela, que apóia o combate à Aids.



Desenho de Nelson Mandela 
 
O show que coincide com a exposição será realizado no próximo sábado, com estrelas da música de todo o mundo, em uma campanha para convencer a comunidade internacional a declarar a Aids uma emergência global.


Desenho de Nelson Mandela 

Desde que foi libertado da prisão, Mandela tem lutado de maneira incansável na defesa das causas em que acredita como o combate ao Apartheid, à Aids e à pobreza. 


Fonte BBC Brasil: link 

Terra - 08/05/2004 - Morre a primeira mulher de Nelson Mandela



O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela enterrou sua primeira mulher Evelyn hoje, quase meio século após o casal ter se separado. 

Mandela e sua terceira mulher, Graça Machel, participaram do enterro em Johanesburgo ao lado da segunda mulher de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, divulgou a rádio nacional SAfm

Mandela se casou com Evelyn Mase em 1944, o ano em que ele co-fundou a Aliança Jovem do Congresso Nacional Africano. Ela sustentou Mandela com seu salário de enfermeira enquanto ele completava seus estudos de Direito. 

Mandela e Evelyn, uma prima de seu colega no Congresso Nacional Africano Walter Sisulu, tinham uma filha e dois filhos, além de uma outra filha que morreu com apenas alguns meses de vida. O casamento terminou, parcialmente, por causa da devoção de Mandela à causa anti-apartheid, em 1957. 

Logo depois, Evelyn retornou à cidade nativa Transkei, onde gerenciava uma loja para sustentar os filhos. Um deles, Madiba Thembekile, nunca se reconciliou com seu pai após o divórcio e morreu em um acidente de carro em 1969. Mandela não recebeu licença da prisão para participar do enterro. 

Um ano após o divórcio, Mandela casou-se com Winnie, uma trabalhadora social glamourosa que esteve ao lado dele durante 27 anos de prisão e se tornou a querida do Congresso. Mas dois anos após ele ser solto, em 1990, eles se separaram. 

Evelyn passou boa parte de seus últimos anos trabalhando como uma missionária Testemunha de Jeová. Ela manteve o nome Mandela, mas no final dos anos 1990 se casou com o empresário aposentado Simon Rakeepile. 

Ela morreu no dia 30 de abril aos 82 anos de uma doença respiratória. 

Em 1998, no seu aniversário de 80 anos, Mandela se casou com Machel, a viúva do presidente assassinado de Moçambique Samora Machel. 


Fonte Terra: link

G1 - 01/11/2006 - NELSON MANDELA É PREMIADO PELA ANISTIA INTERNACIONAL

Johanesburgo - A Anistia Internacional (AI) concedeu nesta quarta-feira (1º de novembro) em Johanesburgo o prêmio Embaixador de Consciência 2006 ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.


O prêmio é outorgado em reconhecimento à liderança individual excepcional na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos universais.

"Mandela simboliza tudo aquilo que é promissor e idealista na vida pública, mais do que qualquer outra pessoa viva", disse o porta-voz da AI, Bill Shipsey.


"Mandela, através de sua luta e vitória contra o apartheid, demonstrou ao mundo que nenhum problema é impossível de ser resolvido, nem mesmo a aids", disse Shipsey.


Segundo o porta-voz da AI, Mandela não apenas liderou o povo sul-africano, mas também renovou as esperanças do mundo inteiro.


"Hoje em dia, o mundo precisa urgentemente do tipo de liderança iluminado exemplificado na vida e obra de Mandela", afirmou Shipsey.


Nelson Mandela é a quarta personalidade mundial a receber o prêmio Embaixador de Consciência, adotado pela AI em 2003.


Os outros premiados foram o grupo irlandês U2, o poeta e ex-presidente tcheco Vaclav Havel e a antiga Alta Comissária das Nações Unidas para os direitos humanos Mary Robinson.


O prêmio foi entregue a Mandela pela Nobel de literatura Nadine Gordimer, também sul-africana, que elogiou o ex-presidente por sua disposição em viver e morrer pelos oprimidos e excluídos.


Mandela, que em 1993 recebeu conjuntamente com o ex-presidente FW De Klerk o Nobel da Paz por sua contribuição à pacificação sul-africana, disse ter lutado pelos direitos humanos durante muitos anos, e que o prêmio da AI é "um passo a mais na luta contra as injustiças no mundo todo".


"Anunciei meu afastamento da vida pública, mas nenhum de nós pode descansar plenamente com tanta injustiça e desigualdade no mundo", afirmou.


Mandela falou ainda sobre sua luta contra a escravidão, a segregação racial, os abusos contra as mulheres, a pobreza e outras formas de injustiça, e disse ter esperanças de que "algum dia, o mundo possa viver em harmonia".

2007 - Mandela: Luta pela Liberdade


Título Original: Goodbye Bafana
País de Origem: Alemanha / França / Bélgica / África do Sul / Itália / Inglaterra / Luxemburgo
Gênero: Drama
Duração: 140 Minutos
Ano de Lançamento: 2007


Sinopse e detalhes

James Gregory (Joseph Fiennes) é um típico branco sul-africano, que enxerga os negros como seres inferiores, assim como a maioria da população branca que vivia na África do Sul sob o apartheid dos anos 60. Crescido no interior, ele fala bem o dialeto Xhosa. Exatamente por isso, não é um carcereiro comum: atua, na verdade, como espião do governo com a missão de repassar informações do grupo de Nelson Mandela (Dennis Haysbert) para o serviço de inteligência. Mas a convivência com Mandela cria um forte laço de amizade entre eles e o transforma em um defensor dos direitos negros na África do Sul.

Trailer

 

 

Assistir on line (Português)

Viva viver - 08/08/2011 - Invictus, o poema que inspirou Nelson Mandela



"Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma". É difícil mensurar quantas vezes esses versos foram repetidos na literatura, no cinema ou em discursos inspiradores.
Mais de um século após ser escrito, o poema "Invictus", do britânico William Ernest Henley continua fascinando e influenciando pessoas em todo o mundo. Certamente, Henley, o mais velho de seis filhos, não imaginou que tanto tempo depois suas palavras - escritas em 1875 - inspirariam um personagem importante da história não só da África, mas mundial: Nelson Mandela.

Quando aprisionado em Robben Island, onde cumpria pena de trabalhos forçados, o líder sul-africano, símbolo da luta contra o Apartheid, encontrou nas palavras de Henley a esperança e a força necessárias para manter-se vivo. Mandela conta que toda vez que começava a esmorecer, lia e relia o texto, em busca de um "companheiro" para a dor.  O professor de literatura inglesa Marion Hoctor, em entrevista a CNN, explicou que o poema representa o humanismo secular, o espírito da época vitoriana, a ascensão de Darwin e as ciências como um desafio ao pensamento tradicional e criacionismo.

"Invictus" é a inspiração para o filme homônimo, de Clint Eastwood. Em outro momento de protagonismo, os versos do inglês foram as últimas palavras de Timothy McVeigh, soldado americano condenado à morte por ataque terrorista que deixou 168 mortos na cidade de Oklahoma, Estados Unidos. 

Leia na íntegra a tradução

Invictus
Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repletade castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

Noticias.sapo - 11/02/2012 - 10 coisas que devemos saber sobre Nelson Mandela

Nelson Mandela foi libertado há precisamente 22 anos. Um dos prisioneiros mais famosos da História saiu da prisão Victor Verster, nos arredores da Cidade do Cabo, a 11 de Fevereiro de 1990, depois de ter passado 27 anos encarcerado. Foi recebido nas ruas por milhares de pessoas. Era o princípio do fim do apartheid.

Para assinalar a data da libertação de Madiba, um dos homens que mudou a História de África, o SAPO apresenta uma lista de 10 coisas importantes que devemos saber sobre Mandela. 

Símbolo da resistência ao apartheid

 Mandela é um resistente por natureza. Ainda antes de lutar contra a segregação racial que se vivia em África do Sul, Mandela, enquanto estudante de Direito na Universidade de Fort Hare, participou num boicote contra as políticas universitárias. Madiba, como também é conhecido, acabou mesmo por ser expulso da universidade, em 1934. Mas a sua luta maior, e mais reconhecida, foi a oposição que exerceu contra o regime apartheid, que vigorava no seu país. Este sistema negava aos que não fossem brancos direitos políticos, sociais e económicos. 
 
Em 1942, Nelson Mandela juntou-se ao Congresso Nacional Africano (CNA), um movimento clandestino, que lutava contra o regime baseado na discriminação racial. Dois anos depois, Mandela fundou a Liga Jovem do CNA.
Mandela tornou-se ainda mais activo politicamente depois de, em 1948, os Afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, terem vencido as eleições. Em 1955, Mandela fazia parte do Congresso do Povo (do CNA), que divulgou a Carta da Liberdade, documento que continha as bases da causa anti-apartheid.

Acusado de traição 
Antes da acusação de traição, Mandela já tinha sido preso. Corria o ano de 1962 e Nelson Mandela foi condenado a cinco anos de prisão, por incentivar greves e por ter, segundo a acusação, viajado ilegalmente para o exterior.
Dois anos depois foi condenado a prisão perpétua por sabotagem, crime que Mandela assumiu, e por ter traído o país, já que teria conspirado para ajudar outros países a invadirem a África do Sul. O político negou sempre esta última acusação.
Nelson Mandela tornou-se, ao longo dos 27 anos de prisão, um dos símbolos contra o regime. De tal forma, que a frase “Libertem Nelson Mandela” foi um dos lemas das campanhas anti-apartheid em vários países.

Libertação e viragem histórica
Este sábado passam 22 anos sobre a libertação de Nelson Mandela. Este acontecimento foi um marco na História da África do Sul. Mais de 50 mil pessoas receberam Mandela nas ruas da Cidade do Cabo. O sentimento era o de que a libertação significasse o fim do apartheid e o início de uma nova era.
Mandela esteve preso até ao dia 11 de Fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram fazer com que o presidente sul-africano na altura, Frederik Willem de Klerk, se decidisse pela libertação de Mandiba.

Na década anterior, a oposição contra as reformas idealizadas pelos políticos no poder ganhava cada vez mais força. Vários líderes anti-apartheid foram presos e à medida que cresciam os protestos contra o regime aumentava também a opressão e a violência contra os protestantes.
Apesar de ter sido um processo complexo, a libertação de Mandela significou mesmo o princípio do fim do regime. Em 1990, o Presidente de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid. Esse processo terminaria a com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994.

A presidência do CNA
Mandela era uma referência do CNA e depois de ter sido libertado tornou-se no presidente do partido, que a partir de 1990 passou a ser legal. Os ideais de paz, liberdade, fraternidade e o objectivo de promover uma reconciliação nacional que levou a cabo juntamente com o Presidente de Klerk valeram-lhe um enorme prestígio no país e no mundo.
Nelson Mandela é um dos políticos mais conhecidos e respeitados do continente africano e não só: existe uma espécie de consenso mundial no que respeita à admiração das qualidades políticas e humanas de Mandiba. A presidência do CNA permitir-lhe-ia vencer mais tarde as primeiras eleições pós-apartheid.   

O Nobel, para ele e para de Klerk
Nelson Mandela já recebeu mais de 250 prémios, foi agraciado com a Ordem de St. John, pela rainha Elizabeth II, recebeu a medalha presidencial da Liberdade do ex-presidente dos EUA, George W. Bush, a Ordem do Canadá, o prémio Embaixador de Consciência pela Amnistia Internacional e o Bharat Ratna, a mais alta distinção da Índia. Mas a honra mais importante ocorreu em 1993, quando foi galardoado, juntamente com de Klerk, com o Prémio Nobel da Paz. A Academia sueca distinguiu-o pelo seu “trabalho pelo fim pacífico do regime apartheid e por estabelecer os princípios para uma nova África do Sul democrática”. 

O Primeiro Presidente negro da África do Sul
A eleição de Nelson Mandela como o primeiro Presidente negro da África do Sul é outro dos acontecimentos que fazem com que a vida de Mandela se confunda com a História daquele país. Foi no ano de 1994 que se realizou o primeiro escrutínio da África do Sul democrática. O CNA, liderado por Mandela, venceu com 60% dos votos. Mandiba desempenhou a função até 1999.

Evelyn, Winnie e Graça Machel, as mulheres da sua vida
Nelson Mandela casou-se três vezes. A primeira mulher de Mandela foi a enfermeira Evelyn Ntoko Mase, de quem se divorciou em 1957, depois de 13 anos de casamento. Passado um ano, casou-se com a também política Winnie Madikizela (na foto). Ficou com Winnie durante 38 anos, divorciando-se em 1996. Na altura foram noticiadas divergências políticas entre o casal, que terão levado à separação. No dia em que fez 80 anos, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

A luta contra a SIDA
Nelson Mandela deixou a presidência da África do Sul em 1999. A sua vida a partir daí foi dedicada a causas humanitárias e à defesa dos direitos humanos. Uma das suas maiores batalhas é a luta contra a SIDA, doença que vitimou o seu único filho.
Uma das instituições que patrocina é a organização não-governamental (ONG), 46664, uma associação de luta contra a SIDA, que tem este nome por ter sido o número de Mandela na prisão.
Aos 85 anos, em 2004, Mandela anunciou que ia retirar-se da vida pública. Os problemas de saúde e o desejo de aproveitar o tempo que lhe resta com a família foram os motivos invocados para tal decisão. Mas pouco tempo depois fez uma excepção: viajou para a Índia, onde participou na XV Conferência Internacional sobre SIDA. 

Invictus, o filme que conta um pouco da intensa vida de Mandela
O filme “Invictus”, lançado em 2009, conta a vida de Mandela pouco depois de ter sido eleito Presidente. Na altura, corria o ano de 1995, Mandiba sabia que o racismo e os problemas económicos e sociais continuavam a dividir a sociedade sul-africana. Aproveitando a realização do Campeonato Mundial de Rugby no seu país, Mandela apoia fervorosamente a selecção de África do Sul, usando o deporto para passar mensagens de união e esperança. A equipa sul-africana obteve um excelente desempenho, chegando à final do torneio, que venceu, num jogo diante da Nova Zelândia. Morgan Freeman foi o actor escolhido para interpretar a personagem de Nelson Mandela, num filme realizado por Clint Eastwood.

Frases célebres de Mandela
"Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos." 

"Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação." 

"Não há caminho fácil para a Liberdade." 

"A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre." 

“Ser livre não significa apenas libertar-se das correntes mas viver de forma que respeite e envolva a liberdade dos outros.”

"A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo."

“Eu odeio o racismo, pois o considero uma coisa selvagem, venha ele de um negro ou de um branco.”

“Sonho com uma África em paz consigo mesma.”

“Sempre parece impossível até que seja feito.”

"A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até ao fim dos meus dias." 


Fonte Notícias.sapo: link