domingo, 8 de dezembro de 2013

G1 - 01/11/2006 - NELSON MANDELA É PREMIADO PELA ANISTIA INTERNACIONAL

Johanesburgo - A Anistia Internacional (AI) concedeu nesta quarta-feira (1º de novembro) em Johanesburgo o prêmio Embaixador de Consciência 2006 ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.


O prêmio é outorgado em reconhecimento à liderança individual excepcional na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos universais.

"Mandela simboliza tudo aquilo que é promissor e idealista na vida pública, mais do que qualquer outra pessoa viva", disse o porta-voz da AI, Bill Shipsey.


"Mandela, através de sua luta e vitória contra o apartheid, demonstrou ao mundo que nenhum problema é impossível de ser resolvido, nem mesmo a aids", disse Shipsey.


Segundo o porta-voz da AI, Mandela não apenas liderou o povo sul-africano, mas também renovou as esperanças do mundo inteiro.


"Hoje em dia, o mundo precisa urgentemente do tipo de liderança iluminado exemplificado na vida e obra de Mandela", afirmou Shipsey.


Nelson Mandela é a quarta personalidade mundial a receber o prêmio Embaixador de Consciência, adotado pela AI em 2003.


Os outros premiados foram o grupo irlandês U2, o poeta e ex-presidente tcheco Vaclav Havel e a antiga Alta Comissária das Nações Unidas para os direitos humanos Mary Robinson.


O prêmio foi entregue a Mandela pela Nobel de literatura Nadine Gordimer, também sul-africana, que elogiou o ex-presidente por sua disposição em viver e morrer pelos oprimidos e excluídos.


Mandela, que em 1993 recebeu conjuntamente com o ex-presidente FW De Klerk o Nobel da Paz por sua contribuição à pacificação sul-africana, disse ter lutado pelos direitos humanos durante muitos anos, e que o prêmio da AI é "um passo a mais na luta contra as injustiças no mundo todo".


"Anunciei meu afastamento da vida pública, mas nenhum de nós pode descansar plenamente com tanta injustiça e desigualdade no mundo", afirmou.


Mandela falou ainda sobre sua luta contra a escravidão, a segregação racial, os abusos contra as mulheres, a pobreza e outras formas de injustiça, e disse ter esperanças de que "algum dia, o mundo possa viver em harmonia".

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